Por via de ter andado naquele assunto do reconhecimento de competências e num cursinho básico de inglês (daquelas invenções socraterianas) tenho descurado o blog, que vou procurar reatar.
Assim, tal como prometido, procurei fazer umas fotos do Tori, o que não consegui com a celeridade desejada por, quando o encontrava, não estar munido de material.
Curiosamente o espertinho, acompanhado de outro rufia, em meados de Outubro pp, apareceu aqui junto da casa, de visita ao progenitor, cuja visita estava a correr muito bem até ao momento em que passei a fotografá-los.
Tori tem de facto o sangue do Xico. Faz as suas fugas e encontro-o a vadiar em diversos locais aqui do bairro, fazendo também incursões esporádicas aqui junto da minha casa, com toda a certeza de visita ao pai. Bem tento que entre no quintal, mas tem "olho vivo" e jamais me deixa fechá-lo entre muros.
Fica o reporte:
Meio desconfiado na estrada.
Cumprimento familiar
Intromissão de terceiro
Fuga para preservação de imagem...rsss
É assim, o meu amigão , por vezes, faz-me uma partidas e, literalmente, esquece a casa e a "família". Tal sucede sempre que fareja uma namorada em estado interessante.
Ele tem aventuras pedestres a 6 ou 7 km de distância, com atravessamento da cidade, via rápida (sabe-se lá como o faz), linha de caminho de ferro e riachos. Ausências essas que não vão além de uma noitada.
Invariavelmente, percorro, de jipe, os caminhos mais inóspitos, fazendo jus ao pseudónimo "olharuco", na tentativa de lhe pôr os olhos em cima e fazê-lo regressar. Quando tenho a sorte de o localizar, invariavelmente, acabo por regressar sem ele, já que, em matilha, simplesmente me olvida.
Regra geral, regressa na manhã do dia seguinte, abatido, ferido, meio sem-jeito , com o seu olhar simpático, peculiar, como que a pedir desculpa.
Depois é pegar no cartão de crédito e seguir para o veterinário quanto antes.
Dessas saídas, a que deixou registos indeléveis, tanto no papel, como nas minhas memórias, como na carteira, bem assim como na continuidade da sua espécie, ocorreu na noite de 20 para 21 de Janeiro do ano passado.
Para já, aqui fica o registo fotográfico daquilo que me veio a custar a módica quantia de €185.00:
Recentemente, descobri a existência de um filhote do Xico , resultante dessa aventura. O diabrete chama-se Tori ", está bem na vida e reside a cerca de 300 metros.
É mais pequeno, porém com todos os traços do progenitor. Apenas não apresenta o dorso negro, que tão bem caracteriza o meu amigão .
Chamo de diabrete a Tori , porque é muito "eléctrico". Por isso já apanhou do pai e eu, por mim, não estou muito interessado em fazer-lhe cafunés ". É que, na semana passada, fazia-lhe festas que ele, simpático, apreciava gostosamente. Porém, mordeu-me a mão sempre em atitude de brincadeira e a desafiar-me para mais. Não estou nessa...
Ah... Está combinada uma sessão fotográfica com Tori , pelo que, julgo, a breve prazo, irei colocar aqui o danadinho.